quarta-feira, 10 de maio de 2017

Neodarwinismo

Nas décadas de 1930 e 1940, os conhecimentos acerca de genética foram unidos as ideias evolucionistas de Darwin numa síntese que teve como resultado uma teoria mais abrangente e mais embasada e, por isso, mais aceitar para explicar explicar as leis que regem o processo dos seres vivos.

Essa teoria ficou conhecida como teoria moderna da evolução, ou teoria sintética, ou ainda, Neodarwinismo.

Basicamente, essa teoria faz referencia a duas principais conclusões:

  • A evolução pode ser elucidada pelas mutações e pela recombinação genica, norteadas pelo processo de seleção natural.
  • Os fenômenos evolutivos fundamentam-se  nos mecanismos genéticos

De tal modo, na teoria moderna da evolução, as explicações genéticas são incorporadas ao conceito de seleção natural como justificativo para diversidade das características dos componentes de uma população. Quando Darwin lançou sua teoria evolucionista, cujo ponto fundamental é a seleção natural, os principios genéticos ainda não eram bem definidos, portanto, ele não contava com um esclarecimento sólido para a origem da diversidade, o que fez com que essa teoria fosse sujeita a questionamentos para quais naturalistas não tinham respostas.

Somente algumas décadas após o surgimento da genética, os conhecimentos desse campo da ciência foram devidamente incorporados as idéias evolucionistas. Essa síntese de teorias se deu graças aos trabalhos do zoólogo Enerst Mayr, do Geneticista Theodosius Dobzhansky, do botânico George Ledyard e do paleontólogo George Gaylord Simpson, que foram os principais autores da teoria da evolução moderna

Tal teoria leva em consideração três principais fatores evolutivos, que são a seleção natural, a mutação genica e a recombinação genica. As mutações genicas consistem em alterações no material genético, que pode ser na estrutura da molécula de DNA ou no número ou estrutura dos cromossomos. Já a recombinação ocorre durante a reprodução sexuada e pode ser definida como uma mistura de genes, proveniente da fecundação do crossing over ou de uma distribuição aleatória de material genético durante a formação dos gametas. Tanto a mutação quanto a recombinação são mecanismos responsáveis pela variabilidade genética, ou seja, a diferença genética entre os indivíduos, oriundas do surgimento de novos alelos e novas recombinações de genes. A seleção natural, por sua vez, atua sobre os indivíduos, permitindo a sobrevivência dos seres mais adaptáveis e a transmissão de características genéticas favoráveis as próximas gerações.

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